22 de mai. de 2010

A Fome e o Amor

Fome! E, na ânsia voraz que, ávida, aumenta,
Receando outras mandíbulas a esbangem,
Os dentes antropófagos que rangem,
Antes da refeição sanguinolenta!

Amor! E a satiríase sedenta,
Rugindo, enquanto as almas se confrangem,
Todas as danações sexuais que abrangem
A apolínica besta famulenta!

Ambos assim, tragando a ambiência vasta,
No desembestamento que os arrasta, Superexcitadíssimos. os dois

Representam. no ardor dos seus assomos
A alegoria do que outrora fomos
E a imagem bronca do que inda hoje sois!

O GRANDE POETA AUGUSTO DOS ANJOS.

2 comentários:

Jackie Freitas disse...

Oi Zadia!
Linda poesia de Augusto dos Anjos!
Parabéns por publicá-la!
Grande beijo,
Jackie

Principe Encantado disse...

Sensacional adorei, um lindo poema.
Abraços forte